A framboesa, cuja origem remonta ao centro e norte da Europa, bem como a partes da Ásia, emerge como um tesouro nutricional que vai muito além de sua doçura irresistível. A inserção frequente desse fruto em planos alimentares de baixo teor de carboidratos, como os regimes low carb e cetogênico, é justificada pela combinação única de baixa caloria, alta quantidade de fibras e nutrientes essenciais que ela oferece.
A relação entre framboesas e diabetes despertou grande interesse na comunidade científica. Framboesas, tem baixo índice glicêmico, ajudam a tratar, reduzindo açúcar no sangue e melhorando a resistência à insulina. Estudo com camundongos mostrou resultados promissores, com menores níveis de glicose e resistência à insulina comparados ao grupo controle.
Além desses benefícios, a framboesa demonstrou efeitos positivos em diversos aspectos da saúde metabólica. A framboesa atenuou a resposta inflamatória e reduziu a quantidade de gordura no fígado, proporcionando uma potencial defesa contra condições como a esteatose hepática. Vale ressaltar que a esteatose hepática, ou gordura no fígado, tornou-se uma das principais razões para transplantes hepáticos nos Estados Unidos, superando até mesmo as causas relacionadas ao alcoolismo. A negligência dessa condição pode desencadear complicações graves, incluindo infarto, cirrose e câncer.
No âmbito da prevenção do câncer, a framboesa se destaca como um agente promissor. O ácido elágico, o composto responsável pela tonalidade vermelha característica, não apenas confere sabor, mas também exibe poderosas propriedades antioxidantes. Estudos internacionais indicam que o ácido elágico desempenha um papel crucial no combate a vírus, bactérias e parasitas, destacando-se como um componente anticâncer eficaz. Pesquisas nos EUA mostraram que o extrato de framboesa eliminou até 90% das células cancerosas em órgãos como estômago, cólon e mama. Estudo coreano também mostrou resultados, com a sangüínea H-6, antioxidante presente na framboesa, destruindo mais de 40% das células cancerosas do ovário.
Além de sua influência anticâncer, a framboesa certamente, apresenta propriedades anti-inflamatórias notáveis ao bloquear a enzima COX-2. Em um estudo em Lisboa, ratos que receberam extrato de framboesa apresentaram menos danos articulares do que o grupo controle, destacando assim seu potencial no tratamento da artrite.
A melhor maneira de incorporar framboesas em sua dieta é consumi-las in natura, garantindo assim a absorção máxima de seus nutrientes e benefícios para a saúde. Uma xícara diária é uma sugestão prática e deliciosa que pode se traduzir em ganhos significativos para a saúde a longo prazo. Portanto, ao considerar os benefícios abrangentes da framboesa, fica claro que esta fruta não é apenas um deleite para o paladar, mas também uma aliada valiosa na promoção da saúde e prevenção de várias condições adversas.