Amantes de chocolate, vamos explorar juntos o delicioso mundo desse doce que tantos associam à felicidade! Quem nunca saboreou um pedaço de chocolate para adoçar o paladar após uma refeição ou como recompensa após um dia difícil? A alegria que ele proporciona é imediata, mas como essa iguaria se relaciona com a nossa saúde?
Em uma entrevista, o renomado cientista da felicidade, Gustavo Arns, destaca que o consumo de alimentos desempenha um papel crucial na produção do neurotransmissor conhecido como serotonina, também chamado de “hormônio da felicidade”. Esse efeito no organismo faz com que o chocolate seja frequentemente associado a alimentos reconfortantes, tornando-se uma escolha natural quando buscamos bem-estar. O cérebro, assim, aprende a relacionar o chocolate a uma fonte de prazer imediato.
Entretanto, Arns adverte que o chocolate não deve ser encarado como uma solução mágica nos momentos de desânimo. O consumo excessivo pode resultar em um efeito rebote. O médico integrativo e especialista em Ayurveda, Ricardo Balsimelli, explica as duas razões pelas quais o chocolate está associado ao bem-estar.
A primeira razão considera o consumo de chocolates de alta qualidade, com elevadas porcentagens de cacau e teobromina, uma substância que estimula a energia e a concentração. A segunda razão está relacionada ao consumo de chocolates de baixa qualidade, ricos em açúcares.
Mas qual é a diferença entre eles? Durante o evento SER Longlife Learning em São Paulo, Balsimelli explicou que o açúcar pode gerar felicidade momentânea, mas leva à ansiedade a longo prazo. Isso cria um ciclo de busca por chocolate, resultando em vício e complicações inflamatórias crônicas.
Para os amantes do chocolate que desejam manter uma abordagem mais saudável, Balsimelli sugere optar por chocolates in natura, que são menos calóricos, mais nutritivos e contêm um alto teor de cacau, com menos conservantes, corantes e aromatizantes. Esses chocolates podem contribuir, a longo prazo, para a produção dos neurotransmissores serotonina, dopamina e noradrenalina, conhecidos por seu papel no bem-estar. Além disso, essas delícias naturais contêm proteínas e vitaminas presentes em alimentos inalterados.
Por outro lado, os chocolates com alto teor de açúcares podem conter glutamato, um estimulante que tem o potencial de aumentar a ansiedade. Balsimelli enfatiza que os conservantes, aromatizantes e corantes presentes em muitos chocolates processados podem mascarar o sabor dos chocolates in natura, tornando-os menos adocicados. Portanto, é essencial aprender a apreciar esses sabores mais puros para evitar a compulsão por alimentos açucarados, permitindo uma apreciação mais genuína dos chocolates mais naturais.
Em suma, enquanto o chocolate pode trazer uma sensação momentânea de felicidade, é crucial fazer escolhas conscientes e equilibradas, priorizando chocolates de qualidade e saboreando-os com moderação para garantir tanto o prazer imediato quanto o bem-estar a longo prazo.