A busca pela beleza e pela juventude eterna tem levado muitas pessoas a recorrerem a procedimentos estéticos, como a harmonização facial com PMMA (polimetilmetacrilato). No entanto, é importante que você esteja ciente dos perigos associados a esse tipo de intervenção. O Dr. Regis Milani, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, alerta sobre os riscos à saúde associados ao uso do PMMA em procedimentos estéticos, apesar de sua proibição pelo código de ética médica e pela Anvisa.
Primeiramente, é importante destacar que as reações adversas ao PMMA podem ser graves. Algumas pessoas podem desenvolver reações alérgicas ou inflamatórias, resultando em inchaço, vermelhidão e desconforto na área tratada. A aplicação inadequada do PMMA pode causar complicações estéticas, incluindo a formação de nódulos, irregularidades na pele e assimetrias faciais, prejudicando a aparência do paciente.
Outro risco significativo associado ao uso do PMMA é o potencial de infecção. Qualquer procedimento que envolva a injeção de substâncias no corpo apresenta um risco de infecção, mesmo quando realizado por profissionais qualificados e em condições estéreis. Além disso, o deslocamento do produto é uma preocupação, pois o PMMA pode migrar da área tratada, resultando em resultados estéticos insatisfatórios que podem exigir correções adicionais.
Também é importante ressaltar que mesmo após o procedimento ter sido realizado, as complicações relacionadas ao PMMA podem surgir. Granulomas, que são nódulos inflamatórios no tecido, podem surgir meses ou até anos depois da aplicação do PMMA, causando desconforto e insatisfação no paciente.
Devido à natureza permanente do PMMA, os ajustes são mais complexos e podem exigir procedimentos adicionais. Além disso, como o PMMA não é reabsorvido pelo corpo, os resultados são duradouros, o que pode limitar a capacidade do paciente de realizar outros procedimentos estéticos no futuro.
Diante desses perigos, é crucial que os pacientes façam uma pesquisa detalhada antes de decidir por qualquer procedimento estético. É fundamental que você escolha um profissional qualificado e experiente, capaz de realizar o procedimento de forma segura e eficaz. Além disso, é importante discutir as expectativas realistas com o médico e estar ciente dos riscos e complicações potenciais associados ao procedimento.
Para evitar problemas pós-procedimentos estéticos, consulte um dermatologista ou cirurgião plástico qualificado para orientações personalizadas e cuidados adequados. É essencial que os pacientes estejam bem informados e conscientes dos riscos envolvidos, a fim de tomar decisões seguras e responsáveis em relação à sua saúde e aparência estética.
