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Garra-do-Diabo: O Remédio Natural para Aliviar Dores

A garra-do-diabo, apesar de seu nome sinistro, é um verdadeiro tesouro da natureza quando se trata de alívio da dor. Esta planta rasteira, cientificamente conhecida como *Harpagophytum procumbens*, é nativa da Namíbia e produz frutos com garras e pontas que poderiam assustar à primeira vista. Por mais de dois séculos, a garra-do-diabo tem sido um aliado valioso no tratamento de dores e inflamações. Sua história intrigante inclui um episódio notável durante a “Revolta dos Hereros” em 1904. Um conflito sombrio que ocorreu quando colonos alemães enfrentaram o povo Herero, que habitava o Sudoeste Africano Alemão, hoje conhecido como Namíbia.

Num encontro na África, o soldado alemão GH Mehnert descobriu os impressionantes benefícios da garra-do-diabo, uma planta local, relatada por um curandeiro. A lenda sugere melhorias notáveis para os alemães que a utilizaram. No entanto, somente em 1953 que os pesquisadores começaram a estudar seriamente os benefícios medicinais da *Harpagophytum procumbens*. Somente na década de 1970, o uso da garra-do-diabo foi oficialmente reconhecido como um remédio confiável.

Destaca-se um ponto interessante: aproximadamente 70% dos médicos na Alemanha prescrevem medicamentos à base de plantas. Isso certamente, reflete uma crescente aceitação de tratamentos naturais na área médica e uma maior conscientização sobre os potenciais benefícios das plantas medicinais, como a garra-do-diabo.

A garra-do-diabo tem se destacado por sua eficácia no alívio das dores associadas assim, a condições como artrose e gota. Em 2005, pesquisadores do Instituto de Etnobotânica Aplicada da Flórida, nos Estados Unidos, realizaram um estudo que concluiu que os fitoterápicos à base de garra-do-diabo possuem um perfil “extremamente favorável, com poucos resultados desfavoráveis, especialmente quando usado a longo prazo”. Isso representa uma alternativa promissora aos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) comumente usados, como o diclofenaco, piroxicam e ibuprofeno, que no entanto, podem ter efeitos adversos no fígado e, quando usados regularmente, até mesmo causar disfunções sexuais.

As sociedades médicas recomendam o uso de AINEs por, no máximo, três dias para febre ou dez dias para dor, enfatizando a importância de acompanhamento médico durante esse período.

No entanto, a garra-do-diabo, por meio do harpagoside, um composto bioativo presente naturalmente na planta, mostrou-se tão eficaz quanto a diacereína, um medicamento usado para tratar a artrose do quadril e dos joelhos. Além disso, estudos demonstraram que a garra-do-diabo pode reduzir a dor lombar em até 26% e contribuir para o tratamento da gota, uma condição dolorosa causada pelo excesso de ácido úrico no sangue.

A acessibilidade da garra-do-diabo como tratamento é outra vantagem. Você pode encontrar cápsulas de *Harpagophytum procumbens* em farmácias de manipulação, assim como em lojas de produtos naturais ou até mesmo em farmácias convencionais. A dose recomendada geralmente é de 250 mg, duas vezes ao dia. Além disso, a planta pode ser consumida como tintura, com a dosagem ajustada entre vinte e quarenta gotas por dia, de acordo com as necessidades individuais.

Se você preferir uma abordagem mais tradicional, o chá de garra-do-diabo é uma opção. Para prepará-lo, siga este simples processo:

1. Ferva meio litro (500 ml) de água filtrada.

2. Adicione uma colher de sopa da planta.

3. Desligue o fogo e deixe a infusão amornar tampada.

4. Coe o chá e está pronto para ser consumido.

No entanto, é fundamental lembrar que a garra-do-diabo não é adequada para todos. Gestantes, pacientes com câncer e pessoas que fazem uso de anticoagulantes, como a Varfarina, devem portanto evitar o uso da planta. Antes de iniciar qualquer tratamento com plantas medicinais, é aconselhável consultar um médico para garantir que seja seguro para a sua saúde, especialmente se você estiver considerando a incorporação da garra-do-diabo em sua rotina de cuidados médicos.

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